Mercado Gaúcho e suas barreiras
O Rio Grande do Sul tem o reconhecimento Nacional como um Estado politizado, culto, de pessoas com garra, comprometidas no que fazem e tradicionais. Essas são verdades, mas não verdades absolutas. Venho acompanhando o crescimento consistente de vários estados, mas em especial nossos vizinhos Santa Catarina e Paraná.
Nosso mercado principal é o Agro, em especial as culturas de grandes plantações, fato que movimenta praticamente todos os seguimentos em nosso estado, como serviços, varejo, indústria metal, mecânica, entre outras. Santa Catarina e Paraná possuem indústrias similares às nossas.
Onde está a barreira? Por que o nosso estado que é um impulsionador de tantas riquezas, está tão atrasado, em comparação aos nossos vizinhos?
No meio de vendas não é novidade que empresários gaúchos são difíceis de negociar. O simples fato de dificultarmos o agendamento de uma reunião de vendas, pode estar impedindo nossa empresa de ter uma oportunidade de negócio.
E por que não somos acessíveis a outros colegas de mercado, e por que dificultamos as negociações? Muitas vezes ouço “o seu produto ou serviço é bom, está competitivo, mas nossa empresa compra a muitos anos do mesmo fornecedor e não estamos dispostos a mudar”.
Concordo que temos que ter parcerias duradouras, isto mostra que nosso negócio é forte, seguro, tem história. Nossos clientes tradicionais sempre compram aquele mesmo produto, na mesma condição nas mesmas quantidades.
Muitas indústrias, distribuidores, revendedores gaúchos, estão com dificuldades para acompanhar os movimentos de mercado, e suas equipes de vendas ficam sem um norte. Sabem que precisam vender mais, mas fazer isto? Sempre vendemos da mesma forma, para os mesmos clientes, nas mesmas quantidades. E desta forma explica-se as diferenças dos modelos de gestão tradicionais, para os modelos de gestão de vanguarda que não medem esforços para entender ouvir e se adaptar a novas tendências de mercado.
Tudo isto é verdadeiro, mas o mercado atual está pujante, sedento por novidades e por empresas que estejam dispostas a inovar, seja em ofertas, como em condições de negociação. Para isto, temos que nos atualizar e nos abrir para ouvir novos fornecedores, trocarmos experiências com nossos próprios concorrentes, para nos capacitarmos e entregarmos o que nosso cliente está procurando, antes que um concorrente venha até aqui e atenda nosso cliente como ele deseja.

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