Anônimos sim, invisíveis não
Fui comissionado por Deus com a tarefa de recuperar lares atingidos pela dependência química, em suas mais diversas formas. Resolvi apresentar nosso conteúdo de forma mais pessoal e interna. Segue o relato Priscila Thoen - Mãe, serva, e membra do AR, uma das recuperandas do nosso programa.
“A conclusão do tratamento da dependência química é muito mais do que apenas abandonar o uso, pois mexe e fundamenta a estrutura da pessoa. Por isso, o tripé da recuperação, que é o que sustenta um recuperando é trabalho, disciplina e espiritualidade. Sobre espiritualidade, posso dizer como uma dependente química e alcoólica, que é importante estabelecer novas relações sociais, mas ter uma maior preocupação com a dimensão espiritual é fundamental, pois podemos observar que ao terminar o tratamento, desvinculando da instituição, aqueles com maior êxito são os que buscam frequentar uma igreja. Criam-se novos vínculos, fazem novas amizades, sentindo-se assim "pertencentes" a um grupo de referências e possibilidades de inclusão, e assim, nesse novo grupo, somos anônimos de fato, porém não invisíveis. Somos mães, esposas, filhas, servas e trabalhadoras, atuantes no corpo da igreja e na sociedade. Me sentir acolhida e amada, vista com bons olhos por pessoas que servem a Deus foi extremamente importante para que eu concluísse com sucesso o meu tratamento. Ter esse apoio totalmente observando os exemplos de vida destas pessoas que acreditaram em mim. Foi isto que me salvou: a doutrina de substituição do MBCV, novos hábitos, pessoas e lugares. Hoje eu me sinto importante por poder ser uma membra do corpo. Me batizei, foi-me restituída a guarda de minha filha, tudo aqui, através do Amor de Cristo que encontrei em vocês. Me alegro de sentar como uma colaboradora da obra do Senhor nos cultos e exercitar a palavra. Obrigado pelo grande amor com que todos me receberam”. – Priscila.

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